Entre Gestos e Silêncios
Helena sempre acreditou que amor era troca — uma dança entre dar e receber. Oferecia cuidados, presença e escuta, esperando, talvez sem perceber, que o mesmo voltasse. Mas nem todos sabem dançar em par.
Com o tempo, ela aprendeu que reciprocidade não é exigir devoluções, mas reconhecer quem caminha ao seu lado sem que você precise puxar pela mão. Quem cultiva junto, quem pergunta sem ser lembrado, quem escuta porque quer entender.
E assim, Helena deixou de regar desertos e aprendeu que, às vezes, o maior ato de amor é cuidar de si mesma.
Foi nesse cuidado próprio que encontrou os verdadeiros encontros — aqueles onde o afeto floresce sem esforço, apenas por existir.

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