No silêncio da noite,Elias encarava seu reflexo no espelho. Não era apenas um rosto cansado que via, mas a sombra de anos de medos, culpas e dúvidas que o assombravam. Desde a infância, carregava vozes internas que lhe diziam que não era suficiente, que jamais encontraria a paz.
Um dia, exausto de fugir de si mesmo, Elias tomou uma decisão: em vez de rejeitar sua escuridão, ele a acolheria. Sentou-se em meditação, respirou fundo e, pela primeira vez, ouviu sua sombra sem medo. Ela não era um inimigo, mas um professor. Mostrava suas dores, sim, mas também sua força.
Com o tempo, Elias aprendeu que a luz e a escuridão dançam juntas. Ele não precisava negar sua sombra, apenas compreendê-la. E, ao fazer isso, percebeu que ela se dissolvia, dando lugar a algo maior: sua própria liberdade.


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